Vamos Subir a Serra recebe prêmio TikTok Awards na categoria For Good 

14 de dezembro de 2022 Deixe um comentário

O projeto alagoano Vamos Subir a Serra, realizado pelo Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, que promove o empreendedorismo afro, indígena e quilombola, recebeu o prêmio TikTok Awards na categoria For Good, em uma noite de celebração promovida pela rede social, nessa segunda-feira (12), no Vibra Hall, em São Paulo, para convidados e transmitida ao vivo pelo @TikTokBrasil. 

A categoria For Good homenageia organizações que buscam promover o bem-estar na plataforma e fora dela, combatendo a fome, a desinformação e o preconceito, a partir dos quatro pilares de responsabilidade social corporativa da empresa: Bem-estar digital, Diversidade, Equidade e Inclusão; Mudança Climática e Empreendedorismo, aliando a duas vertentes: criação de conteúdo e a própria ação de impacto social que é feita fora da plataforma. Seguindo esses critérios foram premiados: Agência Lupa, Instituto SSEX BBOX, IDESAM, Ação da Cidadania e o Anajô com o projeto Vamos Subir a Serra. 

Para Valdice Gomes, integrante do Anajô e coordenadora do Vamos subir a Serra, a premiação TikTok Awards categoria For Good representa a legitimação em nível internacional do potencial que tem o projeto Vamos Subir a Serra enquanto agente de transformação social, numa abrangência ampla com foco no fortalecimento do afro-empreendedorismo, do pertencimento étnico e da cultura afro-brasileira. “Nos sentimos honrados em sermos reconhecidos pelo TIKTOK como uma organização que busca promover o bem-estar e impacto social na plataforma e fora dela”, enfatizou.

O diretor do TikTok, que lidera iniciativas de responsabilidade social da rede, Handemba Mutana, explica que o Vamos Subir a Serra ganhou o prêmio porque atende a um dos principais pilares da plataforma, que é o Empreendedorismo levando impacto e responsabilidade social.  “Na categoria For Good nós avaliamos internamente, a partir dos quatro pilares de responsabilidade social da empresa. E para cada uma deles avaliamos duas grandes vertentes: uma focada na criação de conteúdo, e acho que o evento adotou estratégia interessante de engajamento com os empreendedores; e também a própria ação feita fora da plataforma. A própria ação de impacto social, que é essa grande feira, que reúne uma diversidade grande de empreendedores. Por isso, o Vamos Subir a Serra foi premiado”, finaliza o diretor da plataforma. 

Esta foi a segunda edição do TikTok Awards, que premiou mais 13 categorias, sendo essas por votação popular destacando vídeos e conteúdos que marcaram a memória de toda a comunidade do TikTok em 2022, entre eles aqueles que entregaram tudo, ensinaram e divertiram as mais de 1 bilhão de pessoas presentes na plataforma no mundo todo.

Em 2022, Vamos Subir a Serra levou as potencialidades negras não só para a Praça Multieventos, na Pajuçara, e Serra da Barriga, em União dos Palmares. Ao longo do ano, histórias de cada empreendedor também foram contadas a milhares de internautas que utilizam o TikTok para se informar, entreter, refletir e se inspirar.

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CONVOCATÓRIA

6 de dezembro de 2022 Deixe um comentário

Maceió-AL, 05 de dezembro de 2022.

O coordenador geral do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, no uso de suas atribuições, convoca todos os/as integrantes associados/as para participarem da ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA no dia 20 de dezembro (terça-feira) do corrente ano, a partir das 19 horas.

O objetivo é aprovar alteração no estatuto da instituição. A atividade acontecerá no endereço: Rua Jardineira, 41-A no bairro Jacintinho.

Benedito Jorge da Silva Filho

Coordenador Geral

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ANAJÔ PARTICIPA DA GESTÃO 2022/2024 DO CONEPIR ALAGOAS

17 de novembro de 2022 Deixe um comentário

Reunião extraordinária e posse da gestão 2022/2024 do Conepir/AL

Na manhã do dia 16 de novembro de 2022, no auditório da Escola de Governo em Maceió, foi realizada a reunião extraordinária do Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial (Conepir-AL), que empossou os novos integrantes e elegeu a mesa diretora. A atividade integrou as comemorações do dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares.

Criado em 2013 por meio da Lei nº 7.448, alterada pelo Decreto nº 26.909, de 03 de julho do mesmo ano, o Conselho visa propor e deliberar sobre as políticas públicas voltadas para a população afroameríndia e povos tradicionais. Já o Decreto nº 85.569, de 16 de novembro de 2022, assinado pelo Governador Paulo Dantas, nas páginas 08 e 09 do Diário Oficial do Estado (Doeal) desta quinta-feira(17/11) publicou a lista completa das instituições nomeadas. Clique aqui.

A presidente eleita foi Salete Bernardo, integrante do Ambrosina Ateliê para Igualdade de Gênero e Empoderamento de Mulheres; o vice-presidente ficou com Roberdouglas Rocha, representante dos povos de terreiros Posú Betá; e a secretária executiva reeleita foi Leone Manoel da Silva, assessora técnica do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).

O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô vinculado aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) participa das discussões sobre o Conepir-AL desde a sua articulação junto ao Governo de Alagoas e nas audiências na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) que culminaram na aprovação, além de ser uma das instituições mais atuantes. Na gestão 2022/2024, será representado por Benedito Jorge e Helcias Roberto Paulino Pereira, respectivamente, na condição de titular e suplente.

Confira a lista das 24 instituições que compõe o Conepir-AL:

SOCIEDADE CIVIL:

AMBROSINA ATELIÊ PARA IGUALDADE DE GÊNERO E EMPODERAMENTO DE MULHERES

ASSOCIAÇÃO DE JOVENS PRODUTORES INDÍGENAS TINGUI BOTÓ

CENTRO DE CULTURA E ESTUDOS ÉTNICOS ANAJÔ

CORQUAL – COORDENAÇÃO FEMININA QUILOMBOLA DE ALAGOAS (AS DANDARAS)

CUT/AL – CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES EM ALAGOAS

FAMECAL – FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES E ENTIDADES COMUNITÁRIAS DE ALAGOAS

FRETAB – FEDERAÇÃO ZELADORA DA RELIGIÃO TRADIÇÕES AFRO BRASILEIRAS EM ALAGOAS

ICB – INSTITUTO CIGANO DO BRASI

ILÉ NIFÉ OMI OMO POSÚ BETÁ

MNU – MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO

PNIBP – PASTORAL DA NEGRITUDE DA IGREJA BATISTA DO PINHEIRO

SINTEAL – SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS

PODER PÚBLICO

GABINETE CIVIL

INSTITUTO DE TERRAS E REFORMA AGRÁRIA DE ALAGOAS (ITERAL)

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA (SSP)

SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL (SEADES)

SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA (SECULT)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (SEDUC)

SECRETARIA DE ESTADO DA MULHER E DOS DIREITOS HUMANOS (SEMUDH)

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE (SESAU)

SECRETARIA DE ESTADO DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA (SEPREV)

SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, GESTÃO E PATRIMÔNIO (SEPLAG)

SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO (SETE)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS (UNEAL)

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Vamos Subir a Serra chega a União dos Palmares nesta quinta (17); veja programação

16 de novembro de 2022 Deixe um comentário

Texto: Ascom

Fotos: Aprigio Vilanova

Após cinco dias de vasta programação cultural, o Vamos Subir a Serra chega a União dos Palmares nesta quinta-feira (17). Serão mais três dias de atividades na Serra da Barriga, berço de luta e resistência do povo negro brasileiro, tendo como símbolo do maior quilombo da América Latina, Zumbi dos Palmares. O evento na Zona da Mata alagoana ocorre até o dia 19, que antecede o 20 de Novembro, dia da Consciência Negra.

O evento começou na Praça Multieventos, em Maceió no dia 11 de novembro e foi finalizado no dia 15. A coordenadora do Vamos Subir a Serra, Valdice Gomes, faz um balanço positivo de tudo o que ocorreu na capital alagoana e convida a população de União dos Palmares a comparecer ao evento a partir do dia 17.

O balanço é muito positivo. Porque a gente ouve dos afroempreendedores de produtos diversos de que as vendas tiveram sucesso absoluto. Estamos muito contentes. Esse sucesso a gente agradece a população, que conheceu nosso trabalho e agora estamos já nos preparando para a Serra da Barriga. Literalmente vamos subir a serra, levando mais três dias de atividades. A gente espera que o público de União dos Palmares também compareça”, afirma a Valdice Gomes.

No dia 17, dentre as atividades programadas, está uma capacitação em educação antirracista para 240 professores da rede municipal de ensino de União dos Palmares. No dia 18, quem for à Serra da Barriga vai ter a oportunidade de ver o pôr do sol ao som de Nelson Rufino, cantor e compositor sambista baiano. Já no dia 19, mais de 80 mestres da capoeira se encontrarão na Serra da Barriga, com a presença do mestre Boca Rica, também da Bahia.

Ainda na Serra da Barriga, a atividade Malungos e Erês Abraçando Palmares terá uma ampla programação dedicada aos malungos (companheiros de luta), em que artistas, ativistas, educadores, religiosos, dentre outras figuras enriquecerão as atividades no Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Já os Erês, são uma referência às crianças e adolescentes, estudantes de escolas públicas da região que poderão acompanhar, vivenciar e aprender sobre a história e a cultura do povo negro de Alagoas e de todo o Brasil.

O Vamos Subir a Serra já se consolidou como um dos maiores eventos voltados para a cultura negra de todo o país. Ele é realizado há seis anos pelo Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, uma entidade do movimento negro alagoano, vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs).

Veja programação completa:

17/11
8h – MUSHAKÁ
08h30 – PALMARES IN LOCO
10h – FORMAÇÃO – EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA
13h – MUSHAKÁ
13h30 – PALMARES IN LOCO
15h – FORMAÇÃO ANTIRRACISTA
17h – BANDA AFRO DE UNIÃO
19h – PROJEÇÃO MAPEADA

18/11
ERÊS
8h – MUSHAKÁ
9h – PALMARES IN LOCO ESPECIAL
10h – OFICINA DE MACULELÊ
11h – OFICINA DE DANÇA AFRO

MALUNGOS
14h30 – MUSHAKÁ
15h – PALMARES IN LOCO ESPECIAL
17h – NELSON RUFINO, PÔR DO SOL E SAMBA
19h – PROJEÇÃO MAPEADA
20h – FESTIVAL AQUALTUNE DE CINEMA NEGRO

19/11
MALUNGOS

9h – MUSHAKÁ
9h15 – PALMARES IN LOCO
10h – VIVÊNCIA – RECREAÇÃO INFANTIL NA CAPOEIRA
12h – OLUBAJÊ
14h – ENCONTRO DE SABERES E FAZERES
16h – RODA DOS SAMBAS

MALUNGOS – UNIÃO DOS PALMARES

18h – BERIMBALADA
19h – NAÇÃO PALMARES
20h – SHOW

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Convite: Vamos Subir a Serra 2022

9 de novembro de 2022 Deixe um comentário
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Vamos Subir a Serra divulga programação cultural do espaço Kizomba na Praça Multieventos

5 de novembro de 2022 Deixe um comentário

O Vamos Subir a Serra já se consolidou como um dos maiores eventos voltados para a cultura negra de todo o país

Capoeira, samba, coco de roda, afoxé e muitas outras apresentações culturais fazem parte da programação do Vamos Subir a Serra, o maior evento afrocultural do Norte e Nordeste, que ocorre neste ano entre os dias 11 e 15 de novembro em Maceió, na Praça Multieventos, localizada na orla de Pajuçara. O evento também acontece na Serra da Barriga, em União dos Palmares, entre os dias 17 e 19.

Na Praça Multieventos, o Vamos Subir a Serra conta com dois espaços: o Kizomba, local aberto, onde haverá apresentações culturais, feira de gastronomia afro-brasileira e espaço Ozenga Palmares destinado a uma experiência de 360° da Serra da Barriga; e a Tenda Cultural Zumbi dos Palmares, uma instalação de mil metros quadrados, que abriga a Praça Dandara (palco de debates e apresentações culturais), feira de empreendedores negros e quilombolas e espaço Beleza Negra destinado a estética afro.

No espaço Kizomba, a programação cultural começa no dia 11 com a Sexta do Sagrado que, dentre outras atividades, terá a apresentação de duplas do projeto Ginga Capoeira e a Orquestra de Berimbaus. Já o sábado, dia 12, será das Yabás (orixás femininos). No dia 13, num domingo, as apresentações terão como tema “Roda de Todos os Sambas”. Em 14 de novembro, os espetáculos prestigiam a noite do Batucajé (danças e batuques afro-brasileiros) e por último, dia 15 de novembro, é a noite do Akiese, com um momento dedicado ao axé.

O Vamos Subir a Serra é realizado há seis anos pelo Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, uma entidade do movimento negro alagoano e já se consolidou como um dos maiores eventos voltados para a cultura negra de todo o país.

Confira as apresentações culturais que tomarão conta do espaço Kizomba:

11/11 SEXTA DO SAGRADO
15h00 Ginga Capoeira
17h00 Orquestra de Berimbaus
20h00 Iya Ogun Te
21h00 Manú Preta – Coração de Mainha
22h00 Afoxé Povo de Exu

12/11 SÁBADO DAS YABÁS
17h00 Bumba Minha Vaca
20h00 Vozes Negras
22h00 Tamboricas

13/11 RODA DE TODOS OS SAMBAS
17h00 Oficina de Maculelê – Maculelê Mestre Josivaldo
20h00 Igbonan Rocha e Samba de Nêgo
21h00 Grupo Wellington Pinheiro e Val Ohana
22h00 Samba da Periferia

14/11 NOITE DO BATUCAJÉ
17h00 Coco de roda Barreiros
20h00 Afro Afoxé
21h00 Afro Mandela
22h00 Ogbon

15/11 NOITE AKIESE
17h00 Capoeira Expansão Brasil
18h00 Orquestra de Tambores

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Ato 13 de Maio: Nem bala, nem fome nem Covid-19. O Povo Negro quer Viver!

12 de maio de 2021 Deixe um comentário

 
Organizações que integram a Coalizão Negra por Direitos em Alagoas, como a Rede de Mulheres Negras, o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e a Banda Afro Zumbi então convocando todas as demais entidades do Movimento Negro Alagoano e aliados/as da luta antirracista para participarem da manifestação “Nem bala, nem fome, nem Covid-19. O Povo Negro quer Viver!”, que vai ocorrer no dia 13 de maio de 2021, às 15h00, na Pça Deodoro, Centro de Maceió/AL, defronte ao Tribunal de Justiça de Alagoas.

O Ato de Resistência Negra será silencioso e com o cumprimento dos protocolos de distanciamento social e uso de máscaras. Segundo Vanda Meneses, integrante da Rede de Mulheres Negras e da Operativa da Coalizão Negra por Direitos, serão usados cartazes de cartolina com mensagens expressando denúncias, repúdio e indignação com referência à fome em Maceió e em Alagoas, ao genocídio da juventude negra periférica, às violências que impactam as mulheres negras, à população de rua, às travestis, os homossexuais e demais grupos vulnerabilizados, que são e foram ainda mais impactados pela pandemia da covid19 nesta política da morte em que o país está vivendo.

A convocação da manifestação nacional pela Coalizão foi motivada pelo massacre promovido por uma operação policial ocorrida na favela do Jacarezinho (Rio de Janeiro), no último dia 6, que resultou em 28 mortes, incluindo um policial.

O manifesto Coalizão Negra: Racismo e Genocídio sem fim, afirma que “não bastasse o trágico cenário nacional com mais de 410 mil mortes na pandemia da Covid-19 – resultado das ações do governo negacionista de Bolsonaro, a ausência de vacinas para imunização da população, os mais de 14 milhões de desempregados, o crescimento da pobreza e da fome que atinge milhares de famílias brasileiras, vivemos mais um capítulo da barbárie genocida”.

 Para a Coalizão, a “Chacina do Jacarezinho é uma afronta à sociedade brasileira. O Estado e seus governantes deveriam ocupar-se, primordialmente, em salvar vidas, mas fazem o contrário”.

Por isso, nesse dia 13 de maio, marca histórica da abolição formal da escravidão no Brasil, as entidades que integram a Coalizão em Alagoas pedem que todos se organizem e se unam neste Ato pelo fim do genocídio negro, das operações policiais assassinas, das chacinas de todo dia. 

Nem bala, nem fome e nem Covid-19. O povo negro quer viver!
 

Serviço:
Ato 13 de maio: Nem bala, nem fome, nem Covid-19. O Povo Negro quer Viver!
Local: Praça Deodoro, Centro de Maceió/AL, defronte ao Tribunal de Justiça de Alagoas 
Horário: 15h00
Material: Máscaras, álcool gel, faixas e pirulito de cartolina.
Mais informações:
Vanda Menezes: (82) 99952-2331
Valdice Gomes: (82) 99999-1301

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Campanha “Se tem gente com fome dá de comer”beneficia mais 100 famílias em Maceió

11 de maio de 2021 Deixe um comentário

O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, vinculado à Associação Cultural Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) em Alagoas, promove nesta quarta e quinta-feira, dias 12 e 13, a entrega de alimentos da Campanha de apoio humanitário “Se tem Gente com Fome Dá de Comer”, promovida pela Coalizão Negra por Direitos. A campanha visa arrecadar fundos para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia de Covid-19.


Segundo o coordenador geral do Anajô, Benedito Jorge da Silva Filho, serão beneficiadas 100 famílias em situação de vulnerabilidade cadastradas por entidades e grupos afros que já trabalham com moradores de comunidades carentes da periferia de Maceió. Serão distribuídos 100 Cartões alimentação, no valor de R$ 142,50 cada, mais uma cesta com frutas (laranja, banana prata e banana da terra) além de raízes (batata doce e macaxeira).


Seguindo orientações da organização da campanha, as frutas e raízes foram compradas de pequenos agricultores quilombolas de comunidades de Santana do Mundaú (AL), como uma forma de fazer com que os recursos da Campanha “Se tem gente com fome dá de comer” contribuam com essas comunidades que sobrevivem da agricultura familiar. Com o Cartão, a família contemplada poderá adquirir os alimentos em mercearias, açougues supermercados cadastrados na Ticket Alimentação.


As entidades parceiras no mapeamento dos beneficiados são: Cepa Quilombo e Afoxé Omorewá (Jacintinho), Projeto de capoeira Quilombo na Praia, que atende crianças da Vila Emater 1 e adjacências, Grupo Gay de Maceió (GGM), na Chã da Jaqueira; Projeto Talita (Jardim Petrópolis) e Grota do Rafael, no Jacintinho.


Para enfrentar a pior crise humanitária dos últimos tempos no Brasil, a Coalizão Negra por Direitos, articulação nacional que reúne 200 entidades do movimento negro, se uniu à Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Nossas – Rede de Ativismo, Instituto Ethos, 342 Artes e Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, Orgânico Solidário, Grupo Prerrô e Fundo Brasil de Direitos Humanos. Para alcançar a meta de entregar alimentos a 222.895 mil famílias em todo Brasil, a campanha precisa arrecadar R$ 133 milhões.


Mais informações sobre a campanha e como contribuir com doações, acesse o
site http://www.temgentecomfome.com.br


Mais informações:
Benedito Jorge da Silva Filho (82) 99613-0091
Valdice Gomes (82) 99999-1301

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Nota de Repúdio do Movimento Negro Alagoano

1 de março de 2021 Deixe um comentário

No dia 21 de janeiro de 2021, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, Maceió acordou com o nome da Praça Dandara dos Palmares, no Diário Oficial, sendo substituída para Praça Nossa Senhora da Rosa Mística. A iniciativa se tratava do Projeto de Lei nº 7.473, de autoria do vereador Luciano Marinho, que demonstra racismo e descaso com a história do povo negro alagoano.

A praça, localizada no bairro da Jatiúca, recebeu o nome de Dandara dos Palmares, após a sanção da Lei Municipal nº 4.423/95 e desde a sua criação, há 25 anos, é tida como espaço de reconhecimento da trajetória de líderes negros.


Após várias mobilizações do Movimento Negro e da apresentação de queixa por parte do Instituto do Negro de Alagoas (INEG-Al), junto ao Ministério Público Estadual de Alagoas, no mesmo dia em que ocorreu a ação arbitrária de mudança de nome, dia 21 de janeiro, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC),
ouviu a queixa do movimento negro e tornou sem efeito a sanção da lei que alteraria o nome da Praça Dandara dos Palmares.


Na persistência de apagamento da nossa história, no dia 24 de fevereiro de 2021, o Movimento Negro de Alagoas recebe a notícia de mais um ataque. O vereador Leonardo Dias encabeça a proposta de mudança de nome da Praça
Dandara dos Palmares, acrescentando a mudança de local. E, novamente, sem o consentimento e consulta pública junto ao Movimento Negro e a sociedade civil.

É inaceitável essa postura de imposição de poder, confirmando o racismo estrutural e institucional. Queremos respeito ao patrimônio histórico-cultural por toda luta e resistência contra a escravidão que Dandara representa, sendo uma líder emblemática do Quilombo dos Palmares. Cabe ressaltar que estamos buscando garantir nossos direitos e a preservação da nossa história. Para tanto, estamos unidos enquanto movimento negro; o Fórum Afro de Maceió, no dia 27 de janeiro, esteve em reunião com a presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac), Mirian Monte, para discutir e apresentar pautas, visando a relevância de uma calendário municipal de valorização permanente da tradição da cultura negra, ressaltando a ocupação com a realização de atividades na Praça Dandara, bem como em outros espaços públicos.

Também, estamos reivindicando, junto ao Legislativo Municipal, a manutenção do nome e local original, da Praça Dandara dos Palmares, quando tivemos no último dia 24 de fevereiro, reunião com a vereadora Teca Nelma, que
demonstrou apoio a causa, se disponibilizando a fortalecer ações para a população negra, ao exemplo da realização de uma audiência pública. A luta pela garantia do nome da praça está atrelada à cobrança pela revitalização e preservação dos espaços da memória preta da cidade. E, chamamos atenção para a necessidade de mais políticos comprometidos em manter o patrimônio histórico e negro vivo, afinal a Câmara de Maceió é composta por 25 vereadores eleitos, além dos quadros que compõem o governo.

É fundamental reconhecer a importância de quem fez e faz esse país, para que as próximas gerações não reproduzam a lógica colonial racista. Portanto, não vamos nos calar! Não vamos aceitar que sejamos deslegitimados! A Praça Dandara Resiste, Ontem, Hoje e Sempre!

Assinam esta Nota de Repúdio:

  1. Abadá Capoeira
  2. Abassá de Angola oyá Igbale
  3. Afoxé Ofá Omin
  4. Afoxé Oju Omim Omorewá
  5. Aliança Nacional LGBTI+
  6. Associação Àdapo da Comunidade Muquém de Remanescentes Quilombolas de União dos
    Palmares/AL
  7. Associação Cultural Capoeira Tradição
  8. Associação Cultural Meu Berimbau tem Vida
  9. Associação de Negras e Negros da UFAL – ANU
  10. Bancada Negra
  11. Banda Afro Afoxé
  12. Banda Afro Dendê
  13. Banda Afro Mandela
  14. Banda Afro Zumbi
  15. Batuque Empreendimentos
  16. Bloco Sururu da Lama
  17. Capoeira Zuavos
  18. Centro Cultural Bobo Gaiato
  19. Centro de Cultura e Estudos Étnicos ANAJÔ (APNs-AL)
  20. Centro de Educação Popular e Cidadania Zumbi dos Palmares – CEPEC
  21. Centro de Estudos e Pesquisa Afro Alagoana Quilombo
  22. Centro de Formação Social Inaê
  23. Cia. De Teatro e Dança Afro Aiê Orum
  24. Coletivo Afro Caeté
  25. Coletivo Cia Hip-Hop de Alagoas
  26. Coletivo de Apoio às Trabalhadoras e Trabalhadores – CATT
  27. Coletivo O “Quê” do Movimento
  28. Comissão de Defesa da Promoção da Igualdade Social OAB/AL
  29. Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial (Cojira /Sindjornal)
  30. Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Alagoas – CONEPIR
  31. Coordenação Estadual de CRQs de Alagoas Ganga-Zumba
  32. Coordenação Feminina Quilombolas de Alagoas – As DANDARAS
  33. Dagô Produções
  34. Formmer Afro
    35.Fórum Afro de Maceió
  35. Fórum de Saúde Mental de Maceió
  36. Grupo de Capoeira Águia Negra
  37. Grupo Coração de Mainha
  38. Grupo Gay de Maceió
    40.Grupo Afojuba
  39. Grupo União Espírita Santa Barbara (GUESB)
  40. Grupo Pau e Lata – Palmeira dos Índios
  41. Ilê Axé Ofá Omin
  42. Ilé Alàketú As Asé Shòróké
  43. Ilê Nifé Omi Omo Posú Betá
  44. Ilê Egbé Àfàsókè Atílẹ́hìn Vodun Azírí
  45. Instituição Sócio cultural Acauã Brasil
  46. Instituto do Negro de Alagoas – INEG
  47. Instituto Mãe Preta
  48. Maracatu Baque Alagoano
  49. Maracatu Raízes e Tradições
  50. Massapê Corpo e Movimento
  51. Movimento dos Povos das Lagoas
  52. Movimenta Palmares
  53. Museu Cultura Periférica
  54. Negra-Mina Diversidade e Inclusão
  55. Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogunté
  56. ONG Ateliê Ambrosina
  57. ONG Axé Tribal
  58. ONG Patacuri Cultura e Formação
  59. Papo de Periferia
  60. Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro
  61. Ponto de Cultura Quilombo Cultural dos Orixás
  62. Projeto Erê
  63. Quilombo de Capoeira Pôr do Sol dos Palmares
  64. Rede CENAFRO
  65. Rede de Mulheres Negras de Alagoas
  66. Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais
  67. Terreiro de Umbanda Aldeia dos Orixás

Ato público por manutenção do auxílio emergencial e vacina acontece em Maceió

18 de fevereiro de 2021 Deixe um comentário

Dos casos confirmados, 68% são pessoas negras (soma de pretos e pardos segundo o IBGE)

Um ato público pela manutenção do auxílio emergencial e vacina para todos aconteceu na manhã desta quinta-feira (18), em frente da Assembleia Legislativa de Alagoas, na praça D. Pedro II – Centro, representantes de entidades integrantes da Coalizão Negra Por Direitos em Alagoas.

68% da população acometida pela Covid-19 em Alagoas são negras e 71% que vieram a óbito também são negros.

O ato simbólico acontece em 19 estados com o objetivo a defender a manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia e por vacina para todos e todas pelo SUS.

De acordo com a jornalista e membro do Centro de Cultura e de Estudos Étnicos Anajô, Valdice Gomes, o documento elaborado pela Coalizão Negra é hoje, a maior articulação  do movimento negro no Brasil são 200 entidades participando e que vem denunciando o racismo e a falta de políticas públicas para a população negra no Brasil e do mundo.

A iniciativa foi justamente porque sabemos que diante das pesquisas a população negra é a mais afetada por essa pandemia, não só socioeconomicamente, mas também com a saúde, quem mais está infectada e e que mais morre da doença”, ressaltou Valdice.

Então no momento em que se discute redução do auxílio emergencial é um absurdo que a população tenha ainda que passar fome e mais dificuldade do que já está passando. O Brasil  já errou com relação a compra de vacinas, não tomou as providências necessárias, e agora estamos aí nessa segunda onda e a população morrendo. Então temos que lutar”, explicou.

Vanda Menezes, coordenadora do Movimento Coalizão Negra por Direitos, enfatizou que a falta do auxílio afeta principalmente os negros e o intuito é mobilizar deputados e vereadores para que se somem nesta luta e cumpram o seu papel. “É impossível sobreviver com R$ 200 por três meses, então nossa luta é que se estenda até o fim da pandemia. Nós queremos R$ 600 até o fim da pandemia, assim como o vacina que seja para todos pelo SUS”, declarou.

Ainda conforme Vanda Menezes, 68% da população acometida pela Covid-19 em Alagoas são negras e 71% que vieram a óbito também são negros.  “Queremos viver e ter comida na mesa, a nossa imunidade é importante para a sobrevivência”, destacou.

A manifestação faz parte de uma série de atos que a Coalizão Negra por Direitos realiza hoje em frente às Assembleias Legislativas Estaduais e Câmaras Municipais em todo o país.

COALIZÃO NEGRA

A Coalizão Negra por Direitos, uma organização composta por 200 entidades dos movimentos negros vai protocolar, nas casas legislativas, documentos que exijam a criação de ações de combate à miséria, como a implementação do auxílio emergencial estadual e municipal, a retomada do auxílio emergencial federal de R$ 600 até o fim da pandemia e a vacinação em massa para todas e todos pelo Sistema Único de Saúde.

O mundo ultrapassou a marca de 106 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 e mais de dois milhões e trezentos mil óbitos. No Brasil, oficialmente, passamos de 9,5 milhões de casos e mais de 230 mil vítimas fatais, número que corresponde a mais de 10% das mortes pela doença em todo o planeta. O Brasil é o segundo país no mundo que mais tem mortes em decorrência da pandemia. A cada grupo de mil pessoas, uma morreu por complicações causadas pelo novo coronavírus no país. A maioria dessas vidas poderia ter sido poupada, caso o governo brasileiro tivesse adotado os procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Um ato deliberado que conduziu uma tragédia humanitária, provocado por decisões políticas da presidência.

COVID EM ALAGOAS

Em Alagoas, dados do Informe Epidemiológico do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS-AL), de 16 de fevereiro, apontam que os casos confirmados de Convid-19 em Alagoas já somam 125.676, com 2.883 óbitos, sendo a maioria da população negra. Dos casos confirmados, 68% são pessoas negras (soma de pretos e pardos segundo o IBGE). Com relação ao número de óbitos, o índice de negros atingidos é ainda maior, chegando a 71% das mortes.

A subnotificação é uma realidade a ser considerada quando se trata dos números da Covid-19 no Brasil. Estudos apontam que as mortes provocadas pela doença são entre 30 e 50% superiores aos dados oficiais, considerando consistentes informações de que o vírus circula em território nacional desde novembro de 2019. Nesse período, houve um aumento de mortes provocadas por quadros de síndromes respiratórias. Além disso, muitos óbitos ocorreram nas residências das vítimas e muitas dessas não entraram nos registros oficiais. Dados do IBGE apontam que o país tem mais de 13 milhões de pessoas na extrema pobreza, aquelas que, de acordo com o Banco Mundial, vivem com até R$ 151 por mês. E quase 52 milhões na pobreza, com renda de até R$ 436 por mês.

RACISMO

A dinâmica de contaminação e mortalidade da Covid-19 espelha o histórico de racismo e segregação que se perpetua em nossa sociedade e se materializa na enorme desproporção, tanto em números de pessoas infectadas, como pela elevada mortalidade na comunidade negra urbana e rural. Somos nós, povo negro, moradoras e moradores de regiões periféricas, faveladas, quilombolas, pescadores e de comunidades tradicionais, ribeirinhas e em situação de vulnerabilidade social, sem dúvidas, o segmento populacional mais afetado pela doença.

Essa tragédia de mortes causadas pela Covid-19 no Brasil é fruto da política de morte implementada pelo governo Bolsonaro. É uma agenda desse governo de extrema-direita, declaradamente racista e inimigo dos direitos humanos. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP e da Conectas Direitos Humanos mapeou a resposta jurídica emitida pelo governo em relação à epidemia e concluiu que o governo atuou de forma efetiva pela disseminação do vírus e sob a liderança do presidente da república. O governo brasileiro incorreu em graves violações dos direitos humanos, muitas delas que reverberam em crimes de responsabilidade, e mostrou que essas violações tinham alvo: as populações negras e indígenas, segmentos historicamente invisibilizados pelo Estado Brasileiro. Foi com base nesses aspectos jurídicos e políticos que a Coalizão Negra por Direitos protocolou uma das dezenas de pedidos de impedimento do presidente Bolsonaro, ainda em agosto de 2020.

A Coalizão Negra por Direitos exige:

  • Ampla cobertura vacinal;
  • Imediata retomada do Auxílio Emergencial até o fim da pandemia e consequente aprovação de uma Renda Básica permanente, sem prejuízo do Bolsa Família;
  • Fortalecimento dos Benefícios de Prestação Continuada;
  • Atendimento a todos os protocolos de proteção determinados pela Organização Mundial de Saúde enquanto perdurar a pandemia;
  • Erradicação da política genocida do governo contra a população negra e indígena;
  • Fim da Emenda Constitucional 95 que retirou investimentos da saúde e provocou o sucateamento do Sistema Único de Saúde – SUS (perdemos 18 bilhões de investimentos somente em 2019).

Fonte: Tribuna Independente – 19/02/2021 – Página 11

https://tribunahoje.com/noticias/cidades/2021/02/18/ato-publico-por-manutencao-do-auxilio-emergencial-e-vacina-acontece-em-maceio/